Um blog escrito por três mulheres, funciona como espaço para catarse, debate e exposição de pensamentos soltos.

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Segunda-feira, 30 de Abril de 2007

Meu caro

Perguntas-me com ar teatral e condoído se realmente te amei, responsabilizando-me simuladamente, imputando-me as culpas por mais este fiasco.

Meu caro desconheço como se quantifica o amor! Qual a sua unidade de medida? Não sei como se faz a conversão de amor em desamor? m amor, dm de amor, cm amor, mm amor? Sei contudo que o contrario de amor é medo. No início tinha decalitros de colos para ti, jardas de abraços profundos, milhas de calorosos afagos, centímetros cúbicos de linguados absolutos, metros e metros de afecto incondicional. Depois, tive medo. Devo ter-te amado, amei-te seguramente, mas Amor levantado a zero é 1 e eu estava sozinha nessa equação. E tu meu caro, tu me amas-te, ou estavas noutra operação matemática?

Maria João F.

publicado por mulheresforadehoras às 15:22
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Sexta-feira, 27 de Abril de 2007

Descalços

Ela descobriu muito tarde no tempo e em má hora que os afectos também podiam ser teatralizados. Porém alguém lhe contou que só descalço se prolonga a vontade do desejo, com os pés nus bem assentes no pó da estrada, dedos espalmados de macacos trepadores. Nem sempre se pode fazer batota, existem leis superiores nos colinhos humanos,  e ela voltou a acreditar na verdade dos sentimentos. Descalça, porém com o dedo mindinho encavalitado, podia o diabo tecelas agradeceu o conselho.

Maria João

 

 

publicado por mulheresforadehoras às 12:13
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Terça-feira, 24 de Abril de 2007

As opiniões divergem

O fenómeno ocorreu ali para a zona de Alfama ou da Graça, as testemunhas contradizem-se. Começaram por fazer amor muito ordeiramente no quarto, por conta de um nó cego com os cobertores deram um valente trambolhão, rolaram engalfinhados pelo corredor, e como a porta da rua estava inadvertidamente aberta, saíram enrolados para a rua, continuaram as hostilidades pelo chão frio da calçada portuguesa, desceram e subiram as sete colinas abertas para o rio, ali para os lados da Sé ou do Miradouro de Santa Luzia, mais uma vez as opiniões divergem, caíram num buraco e foram parar à China.

Ela achou que tal facto deveu-se a estar, naquela noite telúrica, possuída pelo espírito da intrépida alpinista Alexandra David-Neel, e da dinâmica imprimida pelo impulso compulsivo de trepar para cima (uma aspiração legitima), a verdade é que a escalada correu bem, e ela pôs os pés e o corpo no templo Potala. Esse contacto com o divino irrefutavelmente deu uma chancela mística a tal aparatosa gincana. Ele achava que ela era uma exagerada e não sabia com que cara ia encarar a vizinhança na reunião de condomínio por ter comprometido a integridade do edifício. Quem o tinha mandado deixar a porta aberta.

Maria João F.

música: How to Touch a Girl- JoJo (The high roud)
publicado por mulheresforadehoras às 10:27
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Reconciliação

Deitou-se na relva de barriga para cima

Fechou os olhos

O sol brilhava no céu quente, claro, transmitindo uma sensação de conforto, de aconchego

Quase sentia o calor do sol a aquecer-lhe a alma

 

Pensou em toda a sua vida, no seu trajecto

Reflectiu sobre acontecimentos anteriores

Oportunidades que deixou passar ao lado

Por desconhecimento ou medo, não sabia bem

Pessoas que entraram na sua vida

Pessoas que perdeu

Noites de solidão

Dias de angústia

 

Apesar de tudo isso, sentia-se bem, pelo menos naquele momento

Foi capaz de se sentir em paz consigo... quase feliz

Apesar das provações da vida

A Energia do Sol reconciliou-a consigo própria

Ana

 

publicado por mulheresforadehoras às 10:27
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Segunda-feira, 23 de Abril de 2007

Boa desculpa

Os contos de fadas, não são inocentes. Temos o “capuchinho vermelho”, que retrata um caso típico de sexo entre uma octogenária e um lobo insaciável, a “bela adormecida” a historia patética de uma jovem imatura e dependente que ainda acredita em cavaleiros andantes e sofria da doença do sono ou era dependente de xanax, a “casinha de chocolate” que retrata pais abandonicos e um caso de gulodice crónico, o “Peter Pan” um quarentão patético que se negava a crescer e possui-a um secreto fetiche por colans verdes, a aldeia de Asterix onde todos sofriam claramente de uma dependência a um tipo de droga psicotrópica e um caso de obesidade mórbida etc

Em miúda lera entusiasticamente as mil e umas noites, e não era poligâmica, quanto muito poligâmica faseada, não acreditava que isso fosse por conta do livro. Quando tinha sete anos, a boneca preferida namorava com um urso de peluche de nome Armando, o urso acumulava com uma boneca muito peneirenta de nome Nancy que andava envolvida com um palhaço que tinha uma guitarra com uma caixa de música, este último era espanhol. Verdade que na idade adulta tinha namorado com muitos ursos e palhaços com ou sem guitarra, e até com ursos com alguns dotes musicais, e em abono da verdade nem sempre dominavam a lingua de Camões, não considerava no entanto que tal se devesse ao facto de ter lido livros infantis demais mas sim a uma tendência inata para a asneira experimentalista.

Maria João

publicado por mulheresforadehoras às 23:08
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Passagem

Passamos tanto tempo preocupados em pautar a nossa vida, a nossa conduta, pelo respeito estrito das normas morais e sociais que regem a nossa sociedade que, quando é tarde demais, a única coisa da qual não nos arrependemos é dos erros que cometemos.

Ana

publicado por mulheresforadehoras às 14:35
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Homem Certo na Vida Errada????

O sol brilhava no horizonte

Mergulhava lenta e orgulhosamente

nas águas cálidas

qual bola enorme, redonda,

de um laranja radioso

 

A noite aproxima-se lentamente

espraiando-se no céu

deixando antever pequenas luzes

brilhantes, resplandecentes

 

A noite estava  quente

Podia-se ouvir o mar no seu constante vai e vem

 

Eu, sentada defronte a ti

Mergulhei nos teus olhos

Perdi-me na tua voz

Embriaguei-me no teu perfume

Para não mais voltar

 

De repente

A realidade puxa por mim

Faz-me vir à superficie

Acorda-me do meu sonho eterno

Repleto de cores

Todas as cores de um arco-iris reinventado

 

No fim, ficou apenas a lembrança do azul profundo dos teus olhos

do cheiro agridoce do teu corpo

Lembrando-me que aqueles olhos não eram meus

Que aquele corpo não me pertencia

E pensei... talvez noutra vida...

Ana

publicado por mulheresforadehoras às 14:26
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Quarta-feira, 18 de Abril de 2007

Esquecer alguém...

Fazer por esquecer uma pessoa que faça parte de nós é como contar carneiros para adormecer: torna-nos mais despertos para ela e incomoda em vez de sossegar ou consolar.

A melhor forma de se ficar preso a um pensamento é fugir dele. Esquece-se mais facilmente alguém sempre que é relembrado e essas memórias nos balizam a expectativa e a exigência que iremos colocar noutras relações.

Por isso, e relembrando a propósito uma canção brasileira, de que guardei as palavras, há muitos anos, sem me lembrar já do título, autor ou cantora:

"Esqueci de tentar lhe esquecer

Resolvi lhe querer por querer.

Decidi lhe lembrar quantas vezes eu tenha vontade,

sem nada a perder..."

 

A melhor forma de esquecer alguém, ou pelo menos de essa lembrança não nos incomodar, é fazer por recordá-la; muitas vezes.

 

 ZeliaN

publicado por mulheresforadehoras às 22:20
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Segunda-feira, 16 de Abril de 2007

Novo testamento revisitado

Versículo 32 segundo o discípulo whatsoever: “Esforço-me por recordar os homens que quero esquecer”. O que no fundo é um prolongamento da frase bíblica do versículo 34, palavras sabias de Santa Maria Madalena “quantos homens estúpidos são necessários para esquecer um inteligente”.

Maria João F.

publicado por mulheresforadehoras às 23:54
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Sexta-feira, 13 de Abril de 2007

Peter Pan - Para a minha amiga da terra do nunca

Peter Pan

Maria João F.

publicado por mulheresforadehoras às 11:20
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