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Tomou banho de emersão com sais de aroma de manga, lavou o cabelo com shampô com cheirinho a morango e de seguida aplicou uma mascara hidratante de estratos de noz de côco, o gel de banho possuia a autenticidade do aroma intacto do pessêgo, ao sair cobriu o corpo com uma locção hidratante e vitaminada de banana e por fim perfumou-se com uma gotinhas eau de toilette de insência de baulinha (aqui houve uns minutos de indecisão entre essa escolha ou perfume de maracuja de aquisição recente). Feliz constatou que conseguiu o almejado efeito de saladas de frutas. Será que tal confusão de cheiros dizia algo sobre a sua personalidade?
Maria João
Há quem defenda que o namoro, sendo normalmente a fase que precede um compromisso mais sério, é também aquela em começamos a conhecer melhor a pessoa por quem nos enamoramos, uma espécie de estágio, mas que é só com o passo decisivo do casamento ou da união de facto que o total conhecimento do outro acontece... permitam-me que discorde...
Na realidade a melhor forma de conhecermos o outro é... separarmo-nos dele...é isso mesmo... senão vejamos, é a partir desse momento que as pessoas se revelam e aí podemos ter uma de duas situações (as mais comuns):
1 - Após o rompimento, descobrimos que aquele que se transformou entretanto no nosso ex-qualquer coisa, tem qualidades de mágico... agora está aqui... agora já não está... artes mágicas entusiásticamente aplaudidas por quem assiste a um tão brilhante espectáculo, e a esta altura, com o tão desejado final...
2 - A segunda situação, é descobrirmos de repente que aquela pessoa que pensavamos conhecer tão bem, detém as qualidades que normalmente se atribuem aos espectros, ou seja, viram verdadeiros fantasmas e ainda por cima em triplicado, à boa maneira de Dickens. Transformam-se no fantasma do passado, presente e futuro, mas tudo concentrado numa só pessoa... é verdade... aparecem no presente, para nos lembrarem do passado e nos dizerem que vão continuar por perto no futuro...uuuhhhrrrrrr... arrepiante, não????
Ana
Verdade, ela estava igual a si mesma, já não se surpreendia, inquietava, não se assustava, não mudava de humores como se sofresse do "sindroma do eco clima dos açores". Cresceu, amadureceu. Na realidade virou um ser pardo, compacto, um bocejo em forma de gente. Os entendidos chamaram prontamente a esse seu novo estado de “saúde mental”. Caso raro, pouco menos de 10% da população se enquadrava nessa bem aventurada categoria.
Em vez de ficar feliz com o diagnostico, teve saudades dos tempos de unisedil, socian, asa delta, mergulho de ravinas, acting out e buggy jumping com ou sem corda. Tudo coisas do passado, agora devidamente substituídas por chá de menta e hortelã, colectâneas de CD`s do Frank Sinatra e vários manuais digitalizados com azimutes de orientação, descritores, censos, analises de médias, medianas e desvios padrões, escritos sérios de gente crescida.
Maria João F.
Feliciano era um escravo que viveu no convento de Nossa Senhora da Encarnação no Funchal no sec. XVII, em 1692 foi vendido pelas religiosas para o exterior em troca de duas caixas de açúcar, pouco mais que o seu peso.
Assim em duas linhas se ressume a história de um homem. Oriundo de Angola entrou ainda menino no convento no ano da graça de 1664, sendo à chegada devidamente baptizado, recebeu nome cristão, ficando o seu nome africano perdido no meio de nenhures juntamente com as gastas memórias da selva verdejante dos batuques e do colinho de sua mãe.
Certos dramas o tempo não apaga a memória, não pode apagar a memória.