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Segundo revista da especialidade o amor é como a varicela. Se já se teve em pequenino, não se volta a apanhar.
Aos 8 anos de idade foi brindada, pela primeira e única vez, por uma serenata. O jogral era um miúdo, do famoso bairro da pia à porta, conhecidos pelo facto confirmado de ter uns pirolitos a menos. Chamava-se Zé, teve um futuro promissor como ladrão especializado em várias artes do gamanço.
No seu horizonte romântico, surgiu aos 10 anos, o Pedro. Um caso único de esquizofrenia em tenra idade, dizia ser o Napoleão e ela, amada Julieta. O romance não correu bem por conta de um violento combate de gravilha no recreio da escola.
Aos 12 anos, mais coisa menos coisa, surgiu o Celso, um rapaz pragmático e de ideias bem substanciadas, sonhava casar e ser futebolista. Como prova da sua paixão, pegou fogo ao cabelo da sua amada durante uma aula. Pela primeira e única vez na vida, ganhou o cabelo ondulado que tanto almejava, apenas na nuca o que lhe dava um ar muito faschion.
O pai, que observava de longe o cortejo de seres raros escolhidos a dedo pela sua filha. Profetizou: Está miúda é melhor ficar quieta que não acerta uma. Mais vale arranjar um animal de estimação.
Anos passados, cão e gata como pertença, a profecia auto realizou-se.
Maria João em recobro
Devido ao acesso de uma crise de dislexia aguda provocada por um erro ortografico grave que me fugiu entre o teclado, sim que eu não erro apenas dou erros de ortografia. Decidi comunicar apenas por imagens, videos ou musicas.
Após uma semana impar de demonstrações da unicidade e quiçá grandeza da alma lusa. Auscultei as profundezas do meu ser (inebriante) e conclui: Em mim, também, palpita um pequenito guerreiro lusitano e uma patriótica padeira de Aljubarrota, talvez os dois escondidinhos, em alegre brincadeira, atrás das luzes provocadas pela intensa actividade das minhas sinapses. Sim, eu também sou Portugal!
Maria João
Ao fundo o som de um martelo em fúria. A minha Tia é uma artista, faz jóias absolutamente fantásticas. Imagino-a de óculos de soldador em cima do cocuruto.
A sua imagem de marca são os óculos. Tem uns de escafandrista para cortar cebola e outros do estilo o diabo veste brada que lhe dão inegável charme.
Tinha interrompido o seu processo criativo com mais um dos meus telefonemas existencialista:
- Tia, não estou bem! (voz alucinada)
- Que se passa João! (verbo de uma paciência milenar)
- Estou angustiada, muito angustiada…Qual o significado da vida? (clamor de alucinada carpideira num remoinho de um ataque de nervos)
- João, o significado da vida é não ter significado nenhum! (voz calma de sapiência secular com uma pitadinha de riso)
- O meu Pai disse o mesmo! (tom impaciente)
- É uma resposta completa e profunda! (nota dita em riso secular)
- Pelo amor da santa, quero algo mais! Não pode ser como a porca com orelhas. (tom em riso de alivio de quem encontrou o pé no mar alto)
A porca com orelhas é algo que se deve ter em casa pelo menos em número par, fundamental para resolver situações de emergência. Tal desiderato foi criação da minha Tia, trata-se por tanto de um dogma familiar.
- Tu pensas demais, a maioria das pessoas passa uma vida santa sem questionar nada. Tens de simplificar!
- A Tia acredita em algo?
- Acredito. No ácido acetilsalicílico, panadol e na rena! (voz de riso de menina traquinas)
- A rena?
- A rena Rodolfo do Pai Natal, só essa!
Maria João
Família nuclear simples. Mãe possuidora de uma direcção genética em parafuso - DNA em formato de serpentina de Carnaval - biologicamente rara e culturalmente pioneira, acompanhada de jovem criativo e patudo, nos primeiros estertores da adolescência, gata espécie sobrevivente e cadela problemática. Desejam fazer parte do primeiro grupo de colonizadores de um planeta distante de preferência extra sistema lunar.
Sem bagagem.
Não enjoamos.
Maria João
O umbigo encontra-se subestimado e desvalorizado. É algo tremendamente bonito, seja ele de que jeito for. É um ponto que nunca se esquece. Fica bem a todos. Existem umbigos, umbiguinhos, umbigões, embigos e imbigos. É uma depressão arredondada que nunca deprime. No seu sentido primitivo era uma elevação, uma proeminência. A evolução do conceito devesse a cadência das hérnias umbilicais, isso é engraçado e faz-me sorrir.
O Adão e a Eva não tinham umbigo, o que por si só é um péssimo começo.
É um ponto de início obrigatório para uma pintura de canetas de feltro. Um centro unico e repleto de personalidade. Não existem umbigos iguais.
A nível do subconsciente o umbigo simboliza o centro do corpo, inconscientemente identifica-se com o centro do cosmos (inventei agora, pelo menos é verdade para mim e para o meu inconsciente). Sendo mais comedida´(refreando a psicóloga selvagem que existe dentro de mim) o umbigo simboliza a nível profundo o zénite de um território íntimo com raízes familiares…Vila Real de Santo António, Cacuaco, San Lucas, Chaves, Lua, Júpiter, Planetas de outras galáxias etc e tal.
O meu umbigo é algo bailarino, saltitante por outras palavras extraterrestre.
Maria João (composição da quarta classe sobre o umbigo)
Descobri recentemente o mundo maravilhoso das imagens no meu blog. Fica lindo, catita, mais bem rematado.
Resolveram, após varias Reuniões de Brain Storm (definição: RPN – reuniões para porra nenhuma) colocar em prática algo inteiramente novo! Trabalho de Equipa ou mais pomposamente Team Work.
O Force Group era composto por:
- Dois tontos, que aproveitariam sabiamente a ocasião para dormir à sombra da bananeira (compartilhar via e-mail vídeos de gajas nuas);
- Uma tonta, vítima identificada para o honroso papel de trabalhar que nem uma mula de carga.
- Um chefe que descobriu nesta fórmula a possibilidade de poder colocar a culpa nos outros (caso do resultado ser uma cagada em três actos) e ficar com os louros (se a idiota vendesse os neurónios ao diabo).
Maria João
O Agente da Lei pediu para ver a documentação. Ela agarrou na mala e solicitamente a abriu. Retirou a carteira, da carta de condução nada, espreitou…espreitou e o milagre não se deu! Sacudiu entusiasticamente o seu interior, tacteou com os dedos enquanto olhava para a autoridade com ar de menina sensata.
Despejou o conteúdo para o banco. Porque o silêncio era solene o preencheu com a frase pateta: As malas das mulheres divergem das dos homens porque possuem um interior mais rico…desenhou um riso amarelo. Em jeito de troque de magia surgiu uma escova de dentes com pasta seca, telefones vários (alguns estragados), mini secador de cabelo com o cabo ruído (obra de uma gata), meias de vidro, pedrinhas e objectos sem sentido, pinturas várias, brincos desemparelhados, bilhetes de teatro, metro, cinema e museu guardados como recordação (não se sabe bem do que), uma fita do senhor do Bomfim desbotada, papelinhos com recados já amarelecidos, fotos, dois pokémons, tazos, umas caixa de panasorb vazia (sempre vazia), baton esborrachado, uma multa de estacionamento, lápis dos olhos sem ponta, anéis, cromos da selecção, um tacão de sapato, perfumes de oferta, chaves várias para abrir portas várias cuja fechadura correspondente se desconhece, canetas sem tinta, trocos espalhados, pacotes de açúcar abertos etc e tal.
Olhou para o agente e acrescentou: O mundo de uma mulher é fascinante. É um homem cheio de sorte, o poder vislumbrar é coisa única! Mais um pouco e sai desta cartola uma maquina de lavar loiça…da carta é que nada, tenho pena! Mas o senhor oficial não se preocupe ela está certamente em casa guardadinha numa caixinha do chinês onde guardo a papeladinha importante! Sou muito ciosa com esse tipo de documentação!
Maria João