. Pó vivo!
. As duas Casuarinas - Cont...
. Profecia Familiar - Bem q...
. Noticia de ultima hora - ...
. Tai
. Romantismo masculino/Toda...
. Quem tem uma Tia assim nã...
Falaste dela até à exaustão. Já a sei de cor, não as formas mas sim o jeito de ser, os gestos delicados das mãos, o meneio dos ombros, o borboletar das ancas a voz de açucarada. Conheço essas mulheres, são do tipo que fala com passarinhos (estilo Branca de Neve do Walt Disney), flores exuberante de primavera, perfumando o ar com o aroma adocicado a rosinhas de Santa Isabel, trazem o sol e o som de rouxinóis de gaiolas douradas. Não são coleccionadoras de pedras e bocadinhos de azulejos quebrados, ervas descabeladas que trazem a lua no seu ventre (de quarto minguante a quarto crescente), com o corpo cheirando a terra molhada entoando sons antigos de batuque. São mulheres de cristal, frágeis, melindrosas, mulheres de cuidar, despidas da minha natureza de fêmea de barro vermelho, que nunca quebra, apesar dos pesares, trambolhões e carpideiras. Elas são eu antes da mutação transgenica provocado pelo alucinatório caju queimado da minha infância.