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Hoje sinto-me estranhamente leve.
Poderia até arriscar dizer que a vida corre-me bem.
Tenho um trabalho onde ganho medianamente, mas isso não é de todo um problema.
Estudo coisas estranhas que gosto e me preenchem.
Escrevo livros que não são um sucesso mas me fazem bem.
Leio livros que me deliciam.
Faço lenços de seda com estampagem oriental – Plagi e Tritik.
Tenho um dom especial para a pintura.
Sei dançar divinamente kisomba de musseque.
Sou modesta eheh
Tenho projectos pequenitos, mas plausíveis.
O meu filhote vai ser certamente um bom homem, é um excelente menino.
Tenho poucos, pouquinhos, mas valiosos amigos.
Bastantes conhecidos, alguns simpáticos outros nem por isso, mas estes também nos preenchem a vida certo?
A minha família está mais ou menos bem, mas na família nunca nada está sempre bem.
A minha gatinha Maria da luz é absolutamente carinhosa.
As flores da minha mini estufa floriram e estão frondosas.
O homem que trabalha na estufa tem uns olhos do além.
Oiço boa música no carro e tomo banhos de emersão.
Não tenho nenhum amor não correspondido, nem sinto falta de alguém para me preencher ou justificar.
Adoro a casa onde vivo, tem luz e boas vibrações e até se vê o mar.
Hoje está sol.
E começo por dizer que estou estranhamente leve.
Pergunto-me se não nos habituamos a viver demasiado as sensações negativas.
Se não nos habituamos demasiado a valorizar o que não está bem.
Todos nós buscamos a felicidade, faz parte da condição humana querer estar bem.
Então questiono-me porque é que não nos sentimos bem a maior parte das vezes.
Hoje sinto-me bem, nem feliz nem triste, sinto-me bem e sinto-me viva, não bastará isto?
Um dia disseram-me que se não criarmos ilusões com certeza não nos podemos desiludir.
Gostava de viver assim mais vezes. Sem que o que poderia ser mau me afecte e o que está bem me preencha e me faça sentir como estou. Leve.
Não deixa de ser um pouco estranho, mas é sem dúvida muito bom.
Maria João