É uma lágrima, uma lágrima gorda, carregada de tristeza, corre no meu rosto rápido, veloz com vergonha de ser descoberta, é morna, salgada e doce. De seguida surge uma e outra, riacho que desagua entre soluços. Faz os meus olhos bonitos, ficam raiados de toda a dor que liberto, ficam verdes musgo, verdes fraga, ficam ancestrais, são pertença de uma constelação distante. A dor é de uma corrente perdida no tempo, vira água de riacho cristalino. Fico vaidosa quando choro é sinal que sinto e sentir é o que me faz humana, isso e o humor e o amor, vai dar tudo ao mesmo!
Maria João