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Minhas amigas, tenho-vos encontrado numa maré tão virada para o romantismo que dou, por vezes, comigo a pensar: então e tu bambina, já adormeceste?!
Talvez em resposta a tal questão eu, que durmo tão bem tive, recentemente, uma disparatada insónia e o resultado é o que se segue:
Sinceramente, Amor
Eu quero voltar a ver-te,
Com gestos que não façam nada
E digam quase tudo,
Nem que seja, na alta madrugada,
Em sonhos de absurdo.
A noite é um lago.
Eu estou à tua espera,
Sem angústia nem dor
E o barco
- Viagem p'ra quimera-
Não chega, meu Amor.
Que deuses, sem rosto
Lhe barram o caminho?
Que rosas, sem cheiro,
Me cravam o seu espinho,
Me prendem e me anulam
P'ra nos separar?
Não há bambús na margem
Que filtrem o luar,
Que confundam, ao longe, a tua silhueta
E que, entre fumo e neblina,
Inventem a imagem
desta noite-menina
De busca e de espreita.
Noite de insónia,
Nostalgia branda,
Lago parado, em que nem o vento
Esboça um lamento
E, apenas, TU estás no meu pensamento
ZeliaN