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Naquelas manhãs de Vento Norte havia mais que o murmúrio das vagas do Mar. Mais perto, junto à casa da Menina, ouvia-se um rumor diferente: a voz da Casuarina (A Casuarina ficava no Norte da casa e era a única árvore do Deserto - única e muito amada).
Quando acordava com o seu lamento - um gemido embalador e triste - a Menina sorria e tinha vontade de chorar: a Casuarina dizia-lhe qualquer coisa. Mas o que é que dizia a Casuarina? Era uma voz tão diferente das vozes que conhecia!...
A Menina levantava-se, afrontava o Vento forte do Deserto e ia ter com ela. Olhava, com estranheza, para aqueles ramos que se torciam com o Vento; e aquelas agulhas verdes a tremer... (- "Ela sente!...").
Menina de Mar e Deserto não se cansava de olhar para a sua árvore. Orgulhava-se dela (mais ninguém tinha nenhuma!), queria-lhe bem; mas a árvore tinha qualquer coisa de estranho que fazia doer: aquela Casuarina era a presença inquietante de um mundo ausente e desconhecido. Fazia ter saudades e receios não se sabia de quê!
ZeliaN